É o 23º maior PIB do mundo entre as cidades, 11% de todo o PIB brasileiro, 34% do PIB do estado, 36% da produção de bens e serviços, sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, responsável por 28% de toda produção científica e por mais de 40% das patentes no Brasil. Sede da quinta maior bolsa de valores do mundo.
Apesar de todas essas “qualidades”, segundo pesquisas 46% dos moradores veem a cidade como desigual, 42% como violenta, tais percepções superam a sensação de morar numa metrópole diversa e em constante mudança (29%) ou que oferece oportunidades para todos (24%). Outra parcela da população vê São Paulo como uma cidade discriminatória (23%), insensível às pessoas e que privilegia os negócios (21%).
Os conceitos de cidade inovadora (19%) e que seja um exemplo para o Brasil (12%) também estiveram em baixa na percepção dos moradores da capital paulista.
A impressão de habitar uma cidade desigual foi mais notada na região central de São Paulo (53%). Os moradores da zona leste enfatizaram a violência (45%) como aspecto mais marcante da capital. Já uma parcela dos moradores da zona oeste acredita que vive em uma metrópole diversa e que está sempre em transformação (36%).
Rogério Baptistini doutor em sociologia, explica que a realidade atual é resultante da industrialização e da urbanização de São Paulo. "Um processo rápido e desigual, que criou uma metrópole marcada por contrastes, síntese do melhor e do pior do país. Não por outro motivo, ainda hoje a expressão criada na década de 1980 pelo economista Edmar Barcha parece tão atual: somos uma Belíndia. Algo como uma Bélgica cercada por uma enorme Índia de pobreza e desamparo", avalia.
"São Paulo e Brasil têm enfrentado dificuldades para integrar as gentes em torno de um projeto de destino comum. Os contrastes entre a vida dos vários segmentos sociais, os números da pobreza, a situação carcerária, o problema habitacional, denunciam o desafio que está posto. A violência acusada pelos pesquisados é um detalhe a mais desse caldo", complementa.
Depois dessas informações, fica a reflexão com tanta riqueza e recursos, que seriam suficientes para ao menos diminuir a desigualdade em São Paulo, por que isso não ocorre?
Esse é um exercício de redação, obrigado por ler até aqui. Eu deixo você com essa reflexão, caso você tenha alguma idéia de como resolver esse problema, deixe um comentário! Até breve!
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